quinta-feira, 17 de julho de 2025

Exoneração de Socorro Ribeiro revela crise interna e disputa por protagonismo político em Lajedo

Prefeito Erivaldo Chagas age para conter avanço de "mini-prefeitura" dentro da Assistência Social e preservar unidade de gestão

A exoneração da então secretária de Assistência Social de Lajedo, Socorro Ribeiro, anunciada recentemente pelo prefeito Erivaldo Chagas, trouxe à tona muito mais do que um simples afastamento administrativo. Por trás da decisão, há relatos de crescentes tensões políticas, descompassos internos e articulações paralelas que vinham enfraquecendo a coesão da atual gestão municipal.

Embora especulações políticas tenham tentado atribuir a exoneração a atos unilaterais ou retaliações pessoais, fontes ligadas à prefeitura e servidores da pasta apontam um cenário bem diferente: segundo relatos internos, Socorro passou a adotar uma conduta de autonomia extrema, ignorando diretrizes do gabinete do prefeito e agindo com independência total — em muitos casos, sem qualquer consulta prévia ao gestor municipal.

A situação escalou quando a Secretaria de Assistência Social passou a ser conduzida como uma plataforma política própria, com reuniões, estratégias e alianças que contrastavam com o projeto político de Erivaldo Chagas. A prática rendeu à pasta o apelido informal de “mini-prefeitura”, em razão de sua estrutura estar sendo utilizada para ampliar o capital político pessoal da então secretária.

Um dos pontos de inflexão foi a aproximação de Socorro com a deputada estadual Débora Almeida e o deputado federal Mendonça Filho, figuras da oposição ao grupo político que sustenta o governo municipal. O gesto foi selado com a nomeação de Alessandro (Palito), esposo de Socorro, como assessor parlamentar da deputada, com um salário de R$ 15 mil — algo visto como um movimento político claro e divergente do alinhamento que garantiu a vitória eleitoral de Chagas.

Apesar de permanecer no governo, Socorro se recusava a apoiar os candidatos aliados da atual gestão, mantendo a visibilidade e protagonismo da Assistência Social, mas agindo em dissonância com os compromissos políticos assumidos pelo grupo.

Diante disso, a decisão de exonerá-la, longe de ser um rompimento impulsivo, foi tratada como um ato de coerência política e zelo administrativo. Para o prefeito Erivaldo Chagas, que tem conduzido seu governo com responsabilidade fiscal e foco em avanços concretos, manter a unidade interna e a confiança na equipe foi essencial.

“Nenhuma gestão resiste à fragmentação política interna e ao uso pessoal da máquina pública”, teria dito um interlocutor próximo ao prefeito. Com informações do Magno Martins

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