sexta-feira, 18 de julho de 2025

Bolsonaro é alvo de nova operação da PF e usará tornozeleira eletrônica

               A sexta-feira (18) começou com mais um capítulo de forte impacto na cena política nacional: a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que atinge diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme confirmado por sua defesa, o ex-mandatário é alvo de mandados autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs uma série de medidas restritivas inéditas contra ele.

Segundo fontes com acesso ao inquérito, Bolsonaro terá de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de acessar redes sociais, impedido de manter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, inclusive sendo vedado se aproximar de embaixadas, além de não poder se comunicar com outros réus ou investigados nos processos em curso no Supremo.

Outra imposição grave é a restrição de circulação: o ex-presidente deve permanecer em sua residência entre 19h e 7h, configurando um regime de semi-liberdade domiciliar.

A operação da PF cumpre mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda à qual o ex-presidente está filiado desde 2021. A ofensiva policial, que ocorre sob estrito sigilo judicial, integra o conjunto de investigações que miram supostas ações antidemocráticas e tentativas de subversão institucional após as eleições de 2022.

As novas medidas reforçam o cerco jurídico ao ex-presidente, que já é investigado em diversos inquéritos no STF, incluindo o que apura a tentativa de golpe de Estado, a disseminação de fake news e a manipulação de estruturas institucionais para desacreditar o processo eleitoral.

Ainda que o teor completo da decisão permaneça sob segredo de Justiça, aliados de Bolsonaro confirmaram que a operação desta sexta-feira teve como base elementos reunidos em apurações recentes, incluindo trocas de mensagens, depoimentos de delatores e relatórios de inteligência.

Até o momento, o ex-presidente ainda não se pronunciou publicamente sobre as medidas impostas. Seus advogados, por outro lado, afirmaram que irão recorrer das restrições por considerarem "excessivas" e "incompatíveis com a presunção de inocência".

Internamente, o clima no PL é de tensão. Fontes do partido indicam preocupação com os reflexos políticos da operação, especialmente às vésperas das eleições, onde a legenda aposta no capital político de Bolsonaro para alavancar candidaturas.

A operação desta sexta-feira representa mais um episódio que coloca o ex-presidente no centro da turbulência político-institucional do país e aprofunda as incertezas quanto ao seu futuro jurídico e à sua capacidade de articulação política.

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