sexta-feira, 13 de junho de 2025

PF está com mandado de prisão de Mauro Cid em nova fase do inquérito do golpe

           Em mais um desdobramento das investigações que apuram tentativas de subversão da ordem democrática no Brasil, a Polícia Federal recebeu um pedido de prisão nesta sexta-feira (13/6) contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, em ação realizada no Distrito Federal.

A prisão faz parte de uma nova fase do chamado “inquérito do golpe”, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela PF, que investiga a existência de uma organização criminosa envolvida na tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022. A defesa afirmou que ele ainda não foi preso e deve ser ouvido pela PF às 11h.

Segundo fontes da investigação, o ex-ministro Gilson Machado, também preso hoje, é apontado como peça-chave em um suposto esquema para facilitar a obtenção de um passaporte português para Mauro Cid, com o objetivo de permitir sua saída do Brasil e obstruir a Justiça brasileira. A Polícia Federal acredita que a ação foi articulada para evitar que Cid colaborasse com as autoridades ou sofresse novas medidas restritivas, tendo em vista sua condição de réu e delator em outros processos ligados ao bolsonarismo.

A prisão de Mauro Cid aconteceria em meio a um contexto de crescente tensão nas investigações. Cid já foi preso em 2023 e tornou-se uma figura central nos inquéritos sobre fraudes em cartões de vacinação, venda ilegal de joias e atos antidemocráticos. A nova prisão indica, segundo analistas jurídicos, que ele teria descumprido condições de sua colaboração premiada ou estaria envolvido em novas tentativas de obstrução de justiça.

Gilson Machado, ex-ministro e ex-presidente da Embratur, é figura conhecida por sua fidelidade a Bolsonaro e já havia sido citado em outros episódios que levantaram suspeitas sobre o uso da máquina pública para fins pessoais e políticos durante o governo anterior.

A Folha das Cidades acompanha todos os desdobramentos deste novo capítulo que envolve aliados próximos de Bolsonaro e pode aprofundar ainda mais a crise no campo político conservador brasileiro.

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