A concentração começa às 9h,
na Pracinha de Boa Viagem, com saída prevista às 10h e encerramento ao
meio-dia, em frente ao Edifício Acaiaca. A caminhada reunirá famílias adotivas,
pretendentes à adoção, profissionais da rede de proteção à infância e juventude
e a sociedade civil. Juntos, eles vão dar visibilidade ao tema da adoção,
celebrando histórias de amor e pertencimento, e promovendo o debate sobre os
desafios do acolhimento institucional no Brasil.
Segundo o Painel de
Acompanhamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil tem hoje 34.538
crianças e adolescentes em acolhimento — sendo 5.251 aptos à adoção. Em
contrapartida, há mais de 36 mil pessoas habilitadas para adotar, o que
evidencia que a maior barreira à adoção não está na falta de pretendentes, mas
nas exigências com relação a idade, cor, saúde e composição familiar das
crianças disponíveis.
Em Pernambuco, a situação
reflete o cenário nacional. O estado tem 879 pretendentes cadastrados e 136
crianças e adolescentes disponíveis para adoção, dos quais apenas 45 estão
vinculados a famílias pretendentes. A maioria das crianças que esperam por uma
família são maiores de 8 anos, adolescentes ou fazem parte de grupos de irmãos
— perfis considerados menos desejados pelos adotantes.
Um dado relevante: das 5.381
adoções realizadas no Brasil em 2024, 230 ocorreram em Pernambuco, o que coloca
o estado como líder no Nordeste e 7º no ranking nacional.
A caminhada também busca desconstruir
mitos e preconceitos que ainda cercam a adoção e incentivar uma maior abertura
dos pretendentes para perfis diversos, rompendo com o ideal exclusivo da
“adoção perfeita”. Além disso, o evento faz um importante chamado para o
fortalecimento das políticas públicas de apoio às crianças e adolescentes
acolhidos, garantindo atendimento digno e eficaz enquanto aguardam o direito à
família.
Com esse ato simbólico, a
APEGA e os GAAs reforçam que adoção é um gesto de amor e responsabilidade, mas
também um compromisso social com a infância. A caminhada é um convite para que
todos participem desse movimento de transformação e empatia.
“Adotar é acreditar
no poder de recomeçar uma história com amor, respeito e pertencimento. Toda
criança merece uma família, e toda família merece essa experiência de amor
transformador.” Do Leiajá
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