O prefeito Beto Sargento
(PSDB) verá seu salário mais que dobrar, passando de R$ 12.500 para R$ 25 mil.
O vice-prefeito Genivaldo da Trilha (PSDB) também receberá um reajuste
expressivo, subindo de R$ 8.500 para R$ 12.500. Enquanto isso, os secretários
municipais também foram beneficiados com um aumento de R$ 3 mil, chegando a R$
7.500 mensais.
A situação chama atenção ao
se comparar com municípios de maior porte e arrecadação. O novo salário de Beto
Sargento equipara-se ao do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e supera o de
Rodrigo Pinheiro (PSDB), prefeito de Caruaru, que recebe R$ 22 mil. O que causa
estranheza é que Belém de Maria tem apenas 10 mil habitantes e enfrenta
dificuldades financeiras, incluindo atrasos nos repasses do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM).
A repercussão negativa do
aumento foi imediata. A vereadora Danda de Val (PP) criticou a decisão da
Câmara: "Como é que um servidor municipal não chega nem a receber um
salário mínimo e o prefeito faz um projeto de lei recebendo um valor
absurdo?", questionou em entrevista ao repórter Wesley Santos, da TV
Jornal Interior.
Belém de Maria não é um caso
isolado. Outras cidades pernambucanas têm seguido a mesma tendência, gerando
revolta na população e pressão sobre os gestores municipais. Em tempos de crise
econômica e dificuldades na arrecadação, os aumentos salariais de prefeitos
tornam-se um tema sensível e polêmico, principalmente quando contrastam com a
realidade financeira dos municípios e a qualidade dos serviços prestados à
população.
A decisão da Câmara
Municipal de Belém de Maria abre um precedente perigoso e levanta um debate
necessário sobre a transparência, responsabilidade fiscal e prioridades na
administração pública. A sociedade espera respostas e atitudes que garantam um
equilíbrio justo entre a valorização dos agentes públicos e a sustentabilidade
financeira dos municípios.
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