A pesquisa ouviu 5.419
pessoas de forma digital aleatória entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de
erro é de um ponto percentual e o grau de confiança é de 95%.
Esta é a primeira vez, desde
dezembro de 2024, que a desaprovação de Lula cai para a casa dos 50%. No
entanto, a última vez que a aprovação superou a marca dos 50% foi em outubro de
2024, evidenciando que, apesar da recuperação, o presidente ainda enfrenta
forte resistência.
O levantamento detalha que o
presidente mantém maior aprovação entre agnósticos e ateus (68,9%), adeptos de
religiões fora do catolicismo e protestantismo (68,3%) e pessoas acima de 60
anos (62,5%). Em contrapartida, a rejeição é mais alta entre moradores da
Região Norte (71,1%), jovens entre 25 e 34 anos (69%) e evangélicos (67,7%).
A avaliação do governo
também sinaliza uma leve melhora: 47,7% dos entrevistados consideram a
administração de Lula ruim ou péssima, redução de 1,9 ponto em relação ao
último levantamento. Já 40,2% classificam a gestão como ótima ou boa,
crescimento de 2,8 pontos. Outros 9,6% acham o governo regular.
Entre as áreas de pior
avaliação, impostos e carga tributária lideram a insatisfação, com 53% de
desaprovação, seguidos por responsabilidade fiscal e controle de gastos (52%).
Em contrapartida, relações internacionais, comércio internacional e geração de
empregos aparecem como pontos positivos, cada um com aprovação de 52%.
O maior erro apontado pelos
entrevistados foi a taxação de compras internacionais de até 50 dólares,
criticada por 63% da população. Por outro lado, a medida mais bem avaliada foi
a gratuidade de medicamentos e itens no programa Farmácia Popular, celebrada
por 89% dos participantes.
Os números da pesquisa AtlasIntel mostram que o governo Lula conseguiu, nos últimos meses, conter a tendência de queda em sua popularidade, mas ainda enfrenta resistência significativa em segmentos-chave da população. A aprovação em áreas como empregos e relações internacionais pode abrir caminho para novos avanços, desde que o governo consiga equilibrar suas ações fiscais e dialogar melhor com setores mais críticos. Marcelo Camargo/Agência Brasil
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