terça-feira, 29 de abril de 2025

Ex-dirigentes do INSS receberam R$ 17 milhões de operadores ligados a fraudes contra aposentados

                  Ex-dirigentes do alto escalão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão no centro de uma investigação da Polícia Federal que apura um esquema de fraudes bilionárias envolvendo entidades associativas e descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. De acordo com a PF, mais de R$ 17 milhões foram repassados a três ex-servidores por meio de empresas de familiares, sem justificativa legal.

Foram identificados como beneficiários dos repasses os ex-diretores André Paulo Felix Fidelis, Alexandre Guimarães e Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho. Segundo a Polícia Federal, os pagamentos eram feitos para dar aparência de legalidade às vantagens ilícitas recebidas por meio de entidades associativas envolvidas no esquema, que teria causado prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.

O caso provocou a queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que pediu demissão após ser afastado por decisão judicial. Já o ministro da Previdência, Carlos Lupi, permanece no cargo, apesar da pressão da oposição. Lupi afirma que agiu prontamente ao demitir envolvidos e abrir investigação interna.

As descobertas fazem parte da Operação Sem Desconto, deflagrada na semana passada. O inquérito revelou um intrincado sistema de lavagem de dinheiro, comandado pelo empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Ele é acusado de operar dezenas de empresas e até uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas para ocultar o destino dos recursos desviados.

Segundo a PF, empresas e pessoas ligadas ao empresário receberam R$ 53,5 milhões oriundos das associações investigadas. A defesa de Antunes afirma que ele provará inocência.

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