Rossine saiu em defesa das
instituições envolvidas na investigação. “Chamar a operação da Polícia Civil e
do Ministério Público de perseguição? Essas instituições são sérias e fazem
essas ações para combater corrupção. Isso não é perseguição. Toda vez que um
político corrupto é preso, diz que está sendo perseguido injustamente”,
afirmou.
A operação, coordenada pela
Delegacia de Combate à Corrupção de Caruaru, aponta que, entre janeiro de 2021
e setembro de 2022, 15 processos licitatórios foram fraudados para beneficiar
empresas apoiadoras da campanha de Cacique Marcos em 2020, quando ele ainda era
secretário do então prefeito Bal de Mimoso. O prejuízo aos cofres públicos foi
estimado em R$ 15,7 milhões, conforme explicou o delegado Jeová Miguel,
responsável pela investigação.
Rossine também rechaçou a
tentativa de associar a ação policial aos povos indígenas. “A operação não é
contra os povos indígenas e sim contra políticos corruptos. Depois, ser cacique
não deixa ninguém acima da lei. A lei é para todos: cacique, deputado,
governador, presidente. Praticou crime, a lei vai agir”, declarou.
Com o afastamento de Cacique
Marcos, a Prefeitura de Pesqueira vive um cenário de incerteza. Caso as
investigações confirmem que os crimes têm ligação exclusiva com a eleição de
2020, e haja condenação, a vice-prefeita Cilene do Sindicato assumirá
definitivamente o cargo.
No entanto, se a Justiça
Eleitoral identificar que houve interferência nas eleições de 2024 ou
ramificações que comprometam a lisura do processo democrático, toda a chapa
pode ser cassada, o que exigiria novas eleições no município.
Rossine concluiu sua fala
com um recado direto ao prefeito afastado e ao presidente da Câmara: “A justiça
está aí para combater corrupção. Quem não quiser ser preso ou processado, não
pratique corrupção.”
A operação segue em curso, e os desdobramentos devem definir os rumos políticos e administrativos de Pesqueira nos próximos meses.
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