quinta-feira, 10 de abril de 2025

“Copia e Cola”: PF investiga desvio milionário na saúde e cerca Prefeitura de Sorocaba

             Um rastro de papel e dinheiro: assim começa a nova fase da Operação Copia e Cola, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (10). Com 28 mandados de busca e apreensão em curso, a ação mira diretamente uma possível organização criminosa acusada de desviar recursos públicos da saúde. As movimentações chamaram atenção principalmente em Sorocaba (SP), onde o cerco incluiu até a sede da prefeitura e o gabinete do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos).

A operação se estende por cidades do estado de São Paulo e também da Bahia, mas é em Sorocaba que os holofotes se concentram. Ainda antes do amanhecer, por volta das 6h, agentes federais estavam a postos no Paço Municipal, na Secretaria de Saúde, na casa do prefeito e no Diretório Municipal do partido Republicanos, localizado no Centro da cidade.

Os alvos também incluem imóveis de figuras-chave da gestão pública local. Entre elas, o ex-secretário da saúde, Vinicius Rodrigues, e Fausto Bossolo, ex-secretário de Governo e Administração. Ambos são investigados por possíveis envolvimentos diretos com o suposto esquema de corrupção.

Além dos nomes do alto escalão político, a PF também volta os olhos para outros dois personagens: um empresário do ramo imobiliário da cidade e uma igreja. As conexões entre os investigados ainda estão sendo apuradas, mas a suspeita é clara — dinheiro público teria sido redirecionado para fins que passam longe do interesse coletivo.

R$ 600 mil em espécie foram localizados durante as diligências — parte do valor estava escondida em uma caixa, dentro do porta-malas de um veículo. O montante, em espécie, reforça a tese de irregularidades. Mais de 100 policiais federais participam da operação, que abrange 11 municípios paulistas e um baiano (Vitória da Conquista).

A Operação Copia e Cola tem nome sugestivo e contundente: investiga supostos contratos e práticas repetidas com indícios de montagem e manipulação, usados para justificar repasses indevidos na área da saúde.

Por ora, ninguém foi preso, mas os desdobramentos prometem novas revelações nos próximos dias.

Nota da Redação: A Prefeitura de Sorocaba e os envolvidos ainda não se pronunciaram oficialmente. A reportagem segue acompanhando o caso. 

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