Mesmo com rejeição popular,
medida está perto de alcançar as 257 assinaturas necessárias para tramitar em
regime de urgência e ir direto ao plenário. Até a última atualização desta
reportagem, faltavam 5 assinaturas.
A estratégia, liderada por
Bolsonaro, é contornar as comissões da Casa e acelerar a votação do projeto,
considerado por seus aliados como a única saída política possível para evitar
condenações na Justiça.
Nos últimos dias, Bolsonaro
intensificou os contatos com deputados e, na quarta-feira (9), se reuniu
pessoalmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem
sinalizado resistência à proposta, mas admitiu que, caso o número mínimo de
assinaturas seja atingido, levará o tema ao colégio de líderes.
A proposta, porém, enfrenta
forte rejeição da opinião pública. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta
semana, 56% dos brasileiros são contra a anistia aos responsáveis pelos atos do
8/1.
O apoio à medida, embora
tenha crescido desde o ano passado, ainda está restrito a 37% da população —
número que sobe para 72% entre simpatizantes do PL e cai para 10% entre
eleitores do PSOL.
A ministra das Relações
Institucionais, Gleisi Hoffmann, comentou o tema em entrevista após confirmar
que o Ministério das Comunicações continuaria com o União Brasil – o
deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) vai assumir o cargo deixado por
Juscelino Filho (União-MA).
Ela disse confiar "na palavra de Motta, que disse que não vai pautar este projeto" e, como Lindbergh, afirmou que o projeto cria "uma crise constitucional".
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