terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

STF nega pedido de Bolsonaro para anular inquérito

               A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular o inquérito que investiga fraude em certificados de vacinação contra a covid-19.

Em dezembro do ano passado, os advogados de Bolsonaro solicitaram a anulação do inquérito, alegando supostas ilegalidades cometidas pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. A defesa argumentou que Moraes teria atuado simultaneamente como "relator e acusador" e que o inquérito foi aberto antes de um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), procedimento que deveria ter sido seguido.

Ao analisar o caso, Cármen Lúcia entendeu que a defesa não apresentou provas suficientes para comprovar as irregularidades que justificariam a anulação do inquérito. Em decisão assinada em 30 de janeiro, a ministra afirmou: "Não há nos autos elementos que comprovem a omissão para a apreciação de recursos e pedidos formulados pelo impetrante, ausentes os requisitos legais autorizadores desta impetração, na esteira da consolidada jurisprudência deste Supremo Tribunal, indefiro o presente mandado de segurança".

A investigação da Polícia Federal resultou no indiciamento de Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e mais 15 pessoas. O inquérito foi enviado à PGR, que avaliará se oferecerá uma denúncia ao STF contra os investigados.

Segundo as investigações, a fraude para inserção de informações falsas no sistema do Ministério da Saúde visava permitir a permanência de Bolsonaro nos Estados Unidos, país que exigia comprovação de vacinação contra a covid-19 para estrangeiros.

No dia 30 de dezembro de 2022, um dia antes do fim de seu mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos. Poucos dias depois, em 8 de janeiro de 2023, ocorreram as invasões e depredações nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

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