terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Polícia Federal e CGU investigam fraudes em licitações no Distrito Federal

             Nesta terça-feira (11), a Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriu mandados no Distrito Federal contra um grupo de empresas suspeito de fraudar licitações. O principal alvo da operação é a empresa R7 Facilities. A informação é do G1.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações, iniciadas em abril do ano passado, apontam que as empresas envolvidas possuem vínculos "societários, familiares e trabalhistas" e atuaram de forma coordenada para fraudar certames públicos. Entre as práticas ilícitas identificadas estão:

  • Associação para manipular licitações;
  • Uso de declarações falsas para obtenção de benefícios fiscais e redução de preços nas disputas;
  • Utilização de "laranjas" como sócios para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas.

A investigação mira dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato da R7 Facilities com a própria Polícia Federal para a prestação de serviços terceirizados. Os mandados foram autorizados pelo juiz federal Marcelo Gentil Monteiro, da 12ª Vara Federal Criminal do DF.

A R7 Facilities é apontada como a principal empresa investigada e venceu, recentemente, uma concorrência de R$ 321 milhões para a prestação de serviços gerais ao governo federal. O contrato previa a contratação de 1.216 funcionários terceirizados por um período de três anos, sendo a maior concorrência já realizada nesse setor.

No entanto, o Ministério da Gestão e Inovação desclassificou a R7 da licitação por dois motivos principais:

  • Uso indevido da desoneração da folha de pagamentos para reduzir artificialmente o preço da proposta, prática já identificada pela CGU em contratos anteriores;
  • Falta de comprovação da capacidade financeira da empresa para arcar com os custos do contrato.

Além da investigação conduzida pela Polícia Federal e CGU, a R7 Facilities também é alvo de apuração pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sob suspeita de estar registrada em nome de "laranjas" para burlar regras e facilitar fraudes em licitações públicas.

O caso segue em investigação, e as autoridades devem aprofundar a análise dos contratos firmados pela empresa com o setor público. 

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