Na mesma linha da relativização dos fatos, Motta também questionou as penas aplicadas aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que são “muito severas”. De fato, destruir patrimônio público, ameaçar a democracia e pedir intervenção militar talvez mereçam apenas uma bronca e algumas horas de trabalho comunitário. Por que não uma cesta básica e um pedido de desculpas por escrito? A bem da verdade, o STF exagerou em alguns casos, pois tem envoldidos que estão pagando mais caro que assassinos.
O presidente da Câmara,
sempre comprometido com temas de extrema relevância, também fez questão de não
se comprometer com a alteração na Lei da Ficha Limpa – uma mudança que, por
coincidência, tornaria Jair Bolsonaro (PL) elegível para 2026. Mas, claro, isso
não tem nada a ver com o fato de que Motta foi eleito com apoio do PL e do PT,
em uma aliança improvável que só a política brasileira consegue produzir.
Com 444 votos, Motta
garantiu seu lugar na história como o segundo deputado mais votado para a
presidência da Câmara, atrás apenas de Arthur Lira (PP-AL), o que mostra que a
coerência política realmente não é um requisito essencial para comandar o
Legislativo.
Aguardamos os próximos capítulos dessa novela, que promete novas pérolas sobre democracia, Justiça e, quem sabe, até uma revisão da Lei da Gravidade – afinal, se um golpe não é golpe, quem garante que cair para baixo não seja apenas uma questão de perspectiva?
👉 Acompanhe mais notícias em nossas redes
sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário