A nova estrutura, chamada de
"Pernambuco Meu País" (um nome que já diz muito sobre as pretensões
futuras), será montada no jardim do Cais do Sertão, a meros 150 metros do palco
principal. Como diferencial, a programação será composta exclusivamente por
artistas locais, um verdadeiro festival de "olha como valorizamos nossa
cultura" – algo que, convenhamos, deveria ser uma prática e não um ato de
marketing.
O problema? O local
escolhido para a montagem da estrutura governamental é exatamente o ponto onde
se localiza a rota de fuga do palco principal. Também é onde funcionam os
postos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Samu e os bastidores da
imprensa e das equipes dos artistas. Detalhes, não é mesmo? Afinal, nada pode
atrapalhar um belo palanque eleitoral disfarçado de palco cultural.
A programação começa nesta
sexta-feira (21) com um cortejo dos Bonecos Gigantes de Olinda, seguido de
shows de Almir Rouche, Lia de Itamaracá e Siba e a Fuloresta. Um evento digno
de campanha política, ainda que faltem dois anos para a eleição.
Nos bastidores, a iniciativa foi vista como um claro movimento de Raquel Lyra para se posicionar de forma mais popular e nacionalizar sua imagem. Mas a pergunta que fica é: quem ganhará esse duelo de holofotes no Marco Zero, a Prefeitura ou o Governo do Estado? O público, esse sim, parece que terá que dividir atenção entre o Carnaval e os jogos de poder. Foto: Iris Costa/g1
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