O longa estrelado por
Fernanda Torres e ambientado durante ditadura militar (1964-1985) era o claro
favorito para levar o prêmio na cerimônia realizada na cidade de Granada, no
sul da Espanha.
Salles dedicou o prêmio ao
"cinema brasileiro" através do cantor uruguaio Jorge Drexler, que
recebeu a estatueta, já que o diretor brasileiro não esteve presente na
cerimônia.
Na categoria, "Ainda
estou aqui" concorria com o longa uruguaio "Agarre-me Forte", o
argentino "El Jockey", o chileno "No Lugar da Outra" e o
costarriquenho "Memorias de un cuerpo que arde".
Com enorme reconhecimento
internacional, o longa de Walter Salles seduziu o público e a crítica
internacionais com seu retrato do desaparecimento do deputado Rubens Paiva
durante o regime militar no Brasil.
O filme narra a luta de sua
esposa, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, e de seus cinco filhos
após o sequestro de seu marido por agentes da repressão do Estado em 1971. Seu
corpo nunca foi encontrado.
O Brasil jamais julgou os
crimes da ditadura, que, segundo números oficiais, deixou 202 mortos, 232
desaparecidos e milhares de vítimas de tortura e detenções ilegais.
A lei de anistia aprovada em 1979 pelo regime militar impediu que os culpados respondessem pelos crimes.
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