O caso, que chocou o estado,
segue em tramitação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Apesar de ter
avançado para a fase de alegações finais, não há previsão para a publicação da
sentença. Ao todo, 19 réus respondem por crimes como organização criminosa,
comércio ilegal de armas de fogo, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção
ativa e passiva.
O sumiço das armas foi
descoberto em 5 de janeiro de 2021 por um comissário responsável pela
manutenção e conserto do armamento, após retornar de férias. Inicialmente, uma
auditoria revelou o desaparecimento de 326 armas, mas um relatório de fevereiro
de 2021, assinado pelo delegado Adelson Barbosa e enviado à Polícia Federal,
apontou que o número era muito maior: 1.131 armas, incluindo metralhadoras,
pistolas e revólveres.
Em agosto de 2021, uma
operação prendeu os policiais envolvidos e trouxe à tona a dimensão do esquema,
mas, até o momento, o desfecho do processo criminal permanece indefinido.
Paralelamente, no final de
2024, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) concluiu uma
investigação preliminar baseada em depoimentos e no inquérito da Polícia Civil.
Como resultado, foi instaurado um processo administrativo disciplinar contra os
policiais acusados. Três deles, atualmente aposentados, correm o risco de ter
suas aposentadorias cassadas, enquanto o único ainda na ativa pode ser
demitido.
Consequências do esquema
O caso revelou falhas graves na segurança e gestão do armamento dentro da Core, além de levantar preocupações sobre o destino das armas furtadas, que poderiam ter sido utilizadas para alimentar o crime organizado. A falta de celeridade no julgamento tem gerado críticas de especialistas e da sociedade civil, que cobram uma punição exemplar e medidas preventivas para evitar novos episódios semelhantes.
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