quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Ereção sob controle: Projeto de Lei do Mississippi alça a moralidade a novos picos

              Em um movimento que levou a ironia legislativa a um novo patamar, o senador do Mississippi Bradford Blackmon apresentou o projeto de lei “Contracepção Começa na Ereção”, que propõe a proibição da ejaculação masculina para qualquer fim que não seja exclusivamente reprodutivo. Nas redes sociais, a proposta causou um tsunami de debates, memes e perplexidade coletiva. Afinal, parece que agora não só Deus está de olho — o governo também.

Sob o argumento de promover a "responsabilidade biológica" e proteger potenciais futuras gerações, o senador estabeleceu um rigoroso sistema de multas progressivas para os infratores: US$ 1.000 pela primeira infração, US$ 5.000 pela segunda e impressionantes US$ 10.000 para as reincidências mais persistentes. Não é de admirar que a medida tenha sido apelidada nas redes como “Taxa de Prazer”.

“Cada gota importa”, teria afirmado Blackmon em sua apresentação do projeto. A declaração não passou despercebida pelos internautas, que rapidamente transformaram a frase em slogans irônicos, camisetas e hashtags. #CadaGotaConta foi, por horas, trending topic global, acompanhada de imagens sugestivas de reservatórios de água e piadas sobre o futuro mercado proibido de preservativos com “válvula de escape”.

A lei, no entanto, deixa questões intrigantes no ar — e não apenas para quem a considerará metafórica demais. Como o governo planeja fiscalizar infrações tão… privadas? Será criada uma “Polícia da Procriação”? E os especialistas jurídicos já discutem o impacto que uma legislação tão intrusiva pode ter sobre a esfera da intimidade.

Entre as reações, feministas e defensores dos direitos reprodutivos apontaram a hipocrisia da medida, comparando-a com anos de restrições legislativas que afetam exclusivamente as mulheres. “Se o útero alheio já foi palco de decisões políticas, é justo que agora os testículos também tenham sua vez”, ironizou uma usuária do Twitter.

A proposta de Blackmon também é vista por muitos como um reflexo dos novos tempos de Trump nas Américas, onde medidas conservadoras extremas se tornam manchetes internacionais. A "moralidade legislada" parece ter encontrado terreno fértil, deixando os mais céticos a questionar até onde os limites da interferência governamental podem chegar. 

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