O
encontro reuniu apenas cinco dos oito candidatos à prefeitura, que são de
partidos que têm representatividade no Congresso: Dani Portela (PSOL), Daniel
Coelho (PSD), Gilson Machado (PL), João Campos (PSB) e Tecio Teles (Novo).
Com isso, não foram convidados Ludmila (UP), Simone Fontana (PSTU)
e Victor Assis (PCO).
Este
foi o segundo encontro entre os candidatos nesta campanha eleitoral. No primeiro,
realizado pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), o prefeito João
Campos (PSB) não compareceu.
O
debate teve três blocos. Cada candidato teve 30 segundos para fazer perguntas,
1 minuto e 30 segundos para as respostas, 1 minuto para réplica e 1 minuto para
tréplica.
Confira,
abaixo, os principais temas discutidos no debate:
Creches
e Guarda Municipal
O
primeiro bloco foi aberto com a apresentação dos cinco candidatos
participantes. Em seguida, foi iniciada a rodada de perguntas com temas livres,
de candidato para candidato. Os temas que dominaram os embates foram
questionamentos sobre creches e o armamento da Guarda Municipal.
Gilson
Machado foi quem abriu a rodada, e perguntou a João Campos sobre o que chamou
de "escândalo das creches", sobre supostas irregularidades em
convênios de instituições com a prefeitura. Ele lembrou que teve inserções
e parte do guia eleitoral suspensos pela Justiça Eleitoral, após ações
impetradas pela campanha do atual prefeito.
Em
resposta, João Campos chamou de "lamentável" a posição de Gilson
Machado e apresentou as ações feitas na educação da cidade, dizendo que o
candidato do PL esteve "sempre escolhendo ataques, inclusive a
mentira".
"O
candidato que fez a pergunta foi punido por 313 vezes na Justiça Eleitoral, é a
maior punição de todas as capitais brasileiras, fruto do descumprimento de
decisões judiciais, utilizando informações falsas para poder enganar as
pessoas", disse.
Outro
embate foi protagonizado por Tecio Teles, que decidiu perguntar a Dani Portela
sobre o armamento da Guarda Municipal. A candidata do PSOL pontuou ser
contrária à proposta e disse ser "fácil" para os candidatos
defenderem o armamento do efetivo, "quando essa arma não está apontada
para eles, que são todos homens brancos ricos, vindos de áreas mais
abastadas".
"Se
apresenta como Novo, mas traz o que é mais velho na política. Para a segurança
pública temos propostas, sim. Se juntar com o governo Lula e implementar o
[Sistema Único de Segurança Pública] Susp, que é o SUS da segurança pública.
[...] A gente sabe o que é a dor de uma mãe perder o seu filho para uma
violência. Em 2022 e 2023, todas as pessoas mortas nas nossas operações
policiais eram pessoas negras", disse Dani Portela.
Saneamento
e emprego
O
segundo bloco começou com embate entre Daniel Coelho, que questionou João
Campos sobre índices de saneamento. O atual gestor disse que fez investimentos
na área e teceu críticas à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa),
gerenciada pelo governo do estado, e disse que a maior obra de abastecimento já
feita foi realizada pelo pai dele, ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Na
réplica, Daniel Coelho lembrou que o partido de João Campos governou o estado
e, portanto, a Compesa, por 16 anos, nas gestões de Eduardo Campos, João Lyra e
Paulo Câmara.
"Quem
é que entregou a Compesa quebrada? O governo do estado, governador Paulo
Câmara, que tinha como chefe de gabinete João Campos. Entregaram um péssimo
serviço de abastecimento, isso está mudando. A comunidade da horta hoje passa a
ter água, tem um investimento massivo em água nos morros da Zona Norte. Agora,
ninguém vai conseguir consertar o que eles destruíram em duas décadas, de um
dia para o outro", disse.
Na
tréplica, João Campos disse que Daniel Coelho e os demais candidatos
"ficam destilando agressões, ódio e rancor" contra ele, que está
"trabalhando, dedicando minha vida a cuidar do Recife".
Outro
embate aconteceu quando João Campos perguntou a Gilson Machado as propostas
para a geração de empregos na área de tecnologia. O candidato do PL garantiu
que não haverá violência no Recife caso seja eleito.
"O
bandido aqui em Recife, na nossa gestão, ou ele vai arrumar um emprego, ou ele
vai se mudar do Recife, porque o meu secretário de segurança será o general
Braga Neto, que acabou com a violência no Rio de Janeiro, acabou com a
violência no Timor-Leste pela ONU, e no Haiti. Também é muito fácil vocês verem
que esse prefeito que está aqui do meu lado falhou nisso daí, ele transformou o
Recife na capital do desemprego", disse Machado. Do G1
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