Cerca de 3 mil policiais
civis realizaram um protesto, saindo da sede do sindicato, localizada na Rua
Frei Cassimiro, no bairro de Santo Amaro, até o Palácio do Campo das Princesas.
O ato reuniu policiais legistas, papiloscopistas, delegados, comissários e
escrivães. Este protesto já estava previsto desde o dia 23 de janeiro, quando
foi anunciada uma paralisação de 24h por parte dos agentes da polícia.
A categoria alega falta de
estrutura para trabalhar, equipe reduzida e salário não compatível com a
profissão.
De acordo com o Sinpol, por
conta da paralisação, apenas os serviços de liberação de corpos no Instituto
de Medicina Legal (IML), ficarão disponíveis para a população. No IML, o
trabalho é prestado por peritos e médicos legistas.
A população deverá registrar
os Boletins de Ocorrência (BOs) através da Delegacia Virtual. “Desde o ano
passado que a gente vem pedindo uma audiência com a governadora e solicitando a
abertura da negociação para a gente reestruturar para a Polícia Civil. Em
janeiro tivemos 359 homicídios. Isso é um absurdo, isso é número de guerra
civil", afirmou o presidente do Sinpol.
De acordo com o presidente
do sindicato, Pernambuco deveria contar com 11 mil policiais civis, mas
possui apenas 5.300, sendo que destes, 1.400 estão prestes a se aposentar.
“Pernambuco está um caos, a
insegurança, roubos, homicídios estão batendo recordes. Já começamos janeiro
batendo recorde. Então não podemos normalizar essa onda de violência que está
aqui em Pernambuco. Pernambuco voltou a ser um dos estados mais violentos do
país. Até agora não houve sinalização para que a gente melhorasse", afirmou
Áureo.
Por meio de nota, o Governo de Pernambuco informou que "uma comissão do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) foi recebida, nesta terça-feira (6), no Palácio do Campo das Princesas, por representantes da Casa Civil e da Secretaria de Administração (SAD). Mais uma vez, foi ressaltado que o Governo já abriu diálogo e que um cronograma para reabertura das mesas de negociações será apresentado ainda neste mês de fevereiro com o objetivo de discutir as pautas pleiteadas pela categoria". Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco.
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