Por Juliana Lima
O delegado municipal de
Afogados da Ingazeira, Israel Rubis, falou com exclusividade à Rádio Pajeú
nesta quinta-feira (11) sobre a operação policial deflagrada contra o tráfico
de drogas e o caso do corpo encontrado esquartejado em Afogados da Ingazeira,
no Sertão do Pajeú.
A entrevista exclusiva foi
concedida ao repórter Marconi Pereira e aos comunicadores Juliana
Lima e Júnior Cavalcanti no programa Manhã Total.
Como o delegado já havia
antecipado ao blog na noite da quarta (10), a operação no Bairro São Francisco
foi desdobramento da investigação do caso do corpo esquartejado. Em primeira
mão ao programa, Israel Rubis revelou que o homicídio foi praticado em Afogados
da Ingazeira, descartando a possibilidade da vítima ter sido morta em outra
cidade e o corpo apenas desovado às margens da PE-320.
“Foram cumpridos três
mandados de busca e apreensão, na representação nossa, com apoio operacional e
técnico da Polícia Militar e Polícia Científica. Nós abordamos três residências,
todas três no Beco da Rua Nova, que é foi apelidada como nova cracolândia,
realizamos perícias e coletamos vestígios que vão nos dar um norte na
investigação. E a gente já sabe que esse assassinato tem relação com aquela
situação de traficância no Beco da Rua Nova”, revelou.
Sobre a identificação do
cadáver esquartejado, o delegado ainda aguarda a finalização do trabalho por
parte do IML. Ele também contou que a polícia suspeita que a vítima não seja de
Afogados, inclusive ninguém procurou a delegacia para registrar o
desaparecimento de um parente que pudesse ser a vítima.
“Com relação à
identificação, eu já oficiei o IML, solicitando a identificação do cadáver,
porque é pertinente para a gente, vai ajudar a fortalecer uma das nossas linhas
investigativas. Com relação à prática do crime, a gente sabe que o crime
ocorreu em Afogados da Ingazeira. Tem muita gente cogitando que esse cadáver
eventualmente teria sido abandonado ali, mas esse crime aconteceu em Afogados”,
explicou.
Acerca dos envolvidos no crime, a polícia ainda não efetuou prisões, mas já trabalha com a indicação que o crime se deu em virtude do tráfico de drogas e foi praticado por mais de uma pessoa. “Não prendemos ninguém ainda, vamos fazer uma série de instruções no inquérito e temos confiança que vamos conseguir dar uma resposta à sociedade e chegar à autoria desse crime bárbaro. A gente imagina uma dinâmica que envolve mais de uma pessoa, agora em relação a como foi feito, a investigação ainda é muito embrionária”, completou. Do Nill Junior
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