domingo, 27 de agosto de 2023

Raquel não deixava Evandro mandar em nada

           A repórter Roberta Soares, colunista de Mobilidade do JC, revela que um dos principais motivos que levaram a saída de Evandro Avelar da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco seria a ausência de autonomia do secretariado da governadora Raquel Lyra. Evandro saiu sem mesmo conversar com a imprensa e preferiu o silêncio. 

O sentimento dentro do governo, revela a jornalista, é de que a hierarquia não é respeitada, ficando para os secretários uma função apenas figurativa e o ônus pelos problemas que venham a acontecer. Tendo que lidar com órgãos e empresas que atuam desconectados, revelando uma desorganização institucional e, principalmente, de política de governo. E com os riscos pelos erros desses mesmos gestores que agem sozinhos, sem um planejamento de governo.

A saída de Evandro Avelar, inclusive, deixou perplexos deputados da base aliada de Raquel Lyra. “Ele estava chateado com essa falta de autonomia e não é de hoje”, afirmou um deputado. “Estava cansado, já havia conversado com a governadora para sair e, ontem, decidiu não dar mais tempo”, disse um amigo próximo.

A saída precoce do secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar, foi uma perda tanto para a infraestrutura como para a mobilidade no Estado – nesse caso, o transporte público, tanto metropolitano como intermunicipal.

Avelar tem trajetória nos dois setores, sempre em cargos ligados à infraestrutura e ao transporte coletivo. Por isso, perde a população, que será privada de possíveis resultados positivos que sua gestão viesse a alcançar. 

Ele é o quarto secretário que deixa o governo Raquel Lyra (PSDB) em pouco mais de um mês. No dia 20 de julho, o músico Silvério Pessoa se despediu da Secretaria de Cultura do estado alegando "razões pessoais" para sair da função e se dedicar à carreira e ao ensino.

Em 29 de julho, Regina Célia e Aloísio Ferraz deixaram os cargos de secretários da Mulher e de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, respectivamente.

A saída de Regina Célia foi seguida de duras críticas de movimentos sociais, isso porque 14 servidoras da Secretaria da Mulher foram exoneradas no dia 2 de agosto, mês em que se celebra a conscientização no combate à violência contra a mulher, o “Agosto Lilás”.

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