A repórter Roberta Soares,
colunista de Mobilidade do JC, revela que um dos principais motivos que levaram
a saída de Evandro Avelar da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de
Pernambuco seria a ausência de autonomia do secretariado da governadora Raquel
Lyra. Evandro saiu sem mesmo conversar com a imprensa e preferiu o silêncio.
O sentimento dentro do
governo, revela a jornalista, é de que a hierarquia não é respeitada, ficando
para os secretários uma função apenas figurativa e o ônus pelos problemas que
venham a acontecer. Tendo que lidar com órgãos e empresas que atuam
desconectados, revelando uma desorganização institucional e, principalmente, de
política de governo. E com os riscos pelos erros desses mesmos gestores que
agem sozinhos, sem um planejamento de governo.
A saída de Evandro Avelar,
inclusive, deixou perplexos deputados da base aliada de Raquel Lyra. “Ele
estava chateado com essa falta de autonomia e não é de hoje”, afirmou um
deputado. “Estava cansado, já havia conversado com a governadora para sair e,
ontem, decidiu não dar mais tempo”, disse um amigo próximo.
A saída precoce do
secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar, foi
uma perda tanto para a infraestrutura como para a mobilidade no Estado – nesse
caso, o transporte público, tanto metropolitano como intermunicipal.
Avelar tem trajetória nos dois setores, sempre em cargos ligados à infraestrutura e ao transporte coletivo. Por isso, perde a população, que será privada de possíveis resultados positivos que sua gestão viesse a alcançar.
Ele é o quarto secretário
que deixa o governo Raquel Lyra (PSDB) em pouco mais de um mês. No dia 20 de
julho, o músico Silvério Pessoa se despediu da Secretaria de Cultura do
estado alegando "razões pessoais" para sair da função e se dedicar à
carreira e ao ensino.
Em 29 de julho, Regina
Célia e Aloísio Ferraz deixaram os cargos de secretários da Mulher e de
Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, respectivamente.
A saída de Regina Célia foi seguida de duras críticas de movimentos sociais, isso porque 14 servidoras da Secretaria da Mulher foram exoneradas no dia 2 de agosto, mês em que se celebra a conscientização no combate à violência contra a mulher, o “Agosto Lilás”.
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