As mensagens constam no
inquérito da PF que investiga um esquema para fraudar registros de vacinação
contra a Covid-19. Nos áudios, Elcio Franco conversa com Ailton Barros,
ex-major e amigo de Bolsonaro.
Outros áudios com teor
golpista de Ailton já haviam sido revelados na semana passada. Ele e o
tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens e braço-direito de
Bolsonaro, foram presos pela suspeita de envolvimento no esquema de fraudes.
Nas novas mensagens, Elcio
Franco e Ailton conversam em meados de dezembro de 2022 sobre mobilizar 1,5 mil
homens para participar da tentativa de golpe. Em um dos diálogos, eles reclamam
da resistência do comandante do Exército da ocasião, Freire Gomes, de aderir ao
plano golpista.
“O Freire não vai. Você não
vai esperar dele que ele tome à frente nesse assunto, mas ele não pode impedir
de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele tá mostrando.
Ele tá com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o quê? Ele ter
insuflado? Qual foi a sua assessoria? Ele tá indo pra pior hipótese. E qual,
qual é a pior hipótese?”, escreveu o coronel Franco.
Além de trabalhar no
Ministério da Saúde na gestão do general a atual deputado federal Eduardo
Pazuello (PL-RJ), Elcio Franco foi assessor do ex-ministro da Casa Civil Walter
Braga Netto — candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022. O coronel e Braga
Netto ainda não se manifestaram a respeito do conteúdo dos áudios.
Em outro trecho obtido pela
PF, Ailton diz a Franco:
“(É preciso convencer) o
general Pimentel. Esse alto comando de mer* que não quer fazer as p*, é preciso
convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o
Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”,
fala Ailton Barros a Elcio Franco.
Também nesta segunda-feira,
o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União requereu a suspensão
do pagamento da pensão mensal de R$ 22 mil do Exército à “viúva” do ex-major
Ailton Barros. Na representação, o subprocurador-geral Lucas Furtado pede que
seja apurado se a pensão por “morte ficta” paga à mulher do ex-militar após sua
exclusão da corporação ainda é vigente no ordenamento jurídico atual.
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