quinta-feira, 27 de abril de 2023

Se a economia desacelerar, “teremos problemas fiscais”, diz Haddad

                  O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27), durante uma sessão de debates no Senado, que as políticas fiscal e monetária devem caminhar juntas para que o Brasil volte a crescer.

Haddad participa de um debate sobre juros, inflação e crescimento, ao lado do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, entre outras lideranças.

O governo tem criticado o BC por manter a taxa básica de juros (Selic) me 13,75% ao ano. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que se reflete nos preços — os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação.

“Não vejo a política fiscal, a política monetária e a política prudencial separadas umas das outras, elas fazem parte da mesma engrenagem. Se a economia continuar desacelerando, por razões ligadas à política monetária, nós teremos problemas fiscais porque a arrecadação será impactada”, afirmou o ministro da Fazenda.

“Se nós não integrarmos as políticas monetária e fiscal, vamos ter muita dificuldade de fazer aquilo que a economia brasileira precisa, para nós crescermos com sustentabilidade”, prosseguiu Haddad.

Segundo o ministro, “o trabalho tem que ser a muitas mãos, um reforçando o trabalho do outro”.

“Estamos com vários setores da economia drasticamente afetados. Precisamos compreender que essa harmonização é imprescindível para a gente crescer com robustez a partir do ano que vem”, concluiu Haddad.

Ao lado de Haddad, Simone Tebet reforçou o discurso do chefe da equipe econômica. “Tem razão o BC quando diz que não podemos descuidar da inflação. É o pior e mais perverso imposto e quem o paga são os mais pobres. Mas não é contradição, porém, querer uma economia mais pujante com crescimento sustentável e duradouro”, disse. 

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