Bolsonaro deve ser ouvido
presencialmente na sede da corporação. Ele é suspeito de incitação aos ataques
contra as sedes dos Três Poderes. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR),
uma postagem feita pelo ex-presidente nas redes sociais, em 11 de janeiro, liga
o político à invasão dos prédios públicos na capital federal. Na publicação, o
ex-chefe do Executivo colocava em dúvida a segurança do sistema eleitoral, sem
apresentar provas.
No dia do post, Bolsonaro
estava nos Estados Unidos, país para onde ele viajou no fim de dezembro, dois
meses após perder as eleições para o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Havia
um pedido para ouvi-lo desde o começo do ano. No entanto, Moraes postergou a
análise da solicitação por causa da ausência do político. Com o retorno de
Bolsonaro ao Brasil, o magistrado seguiu com o andamento do caso.
O subprocurador-geral da
República Carlos Frederico Santos pediu para investigar Bolsonaro, após pressão
da cúpula do Ministério Público Federal. Cerca de 80 procuradores e
subprocuradores solicitaram a apuração de possível incitação à perpetração de
crimes contra o Estado de direito, por causa da publicação de 11 de janeiro. A
postagem foi apagada horas depois.
O Ministério Público Federal ressaltou que a publicação "parece configurar uma forma grave de incitação, dirigida a todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio e de tentativa violenta de abolição do Estado de direito", considerando o contexto de ataques sistemáticos feitos pelo ex-presidente ao processo eletrônico de votação.
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