A reconstrução da imagem do
jornalismo, desgastada nos últimos anos, passou pela pauta de debate e teve
total apoio do ministro. “O comprometimento do governo com o jornalismo
profissional e defesa dos próprios profissionais tem sido, reiteradamente, defendido
pelo governo. Em especial após o dia 8 de janeiro, com empenho na proteção dos
profissionais”, destaca Pimenta.
A defesa pelo reconhecimento
profissional também foi discutida, porque a categoria sofre, hoje, com uma
remuneração defasada. Além disso, o mercado jornalístico sofreu com decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) que em 2009 extinguiu a exigência de diploma
para exercício da profissão de jornalista.
Os dirigentes da Fenaj
lançam o alerta sobre a desqualificação da mão de obra, hoje exercida até “por
pessoas menores de idade que conseguem obter o registro profissional e passam a
trabalhar com o jornalismo”, indica a presidente da instituição, Samira de
Castro.
Paulo Pimenta presta apoio à
causa e garante que as demandas dos profissionais serão ouvidas e acatadas pelo
Governo Federal. “Essa questão da regulamentação podemos avançar, eu imagino
que no âmbito do Ministério do Trabalho”, disse o ministro.
Fornecer segurança aos
profissionais no desempenho de suas funções também é uma prioridade do ministro,
que sinalizou interesse em construir um debate sério com entidades
internacionais, como a Unesco, para intervir na banalização da violência
desferida contra jornalistas e profissionais da área.
A demanda de garantir
segurança aos profissionais é mundial. “No mundo inteiro vemos morte de
jornalistas, até como resposta da prática da direita em desacreditar as
instituições. Precisamos dar uma sinalização à classe de que vai mudar”,
destaca a presidente da Fenaj.
EBC — A Empresa Brasil
de Comunicação (EBC) também foi pauta da reunião. A Fenaj apresentou pedido
para que a empresa retome participação democrática na comunicação brasileira,
lançando mão da participação popular dentro da instituição nas tomadas de
decisão.
“A EBC é muito mais que uma
TV pública, ela é uma agência de notícias importantíssima: tem rádio, tem a
parte de comunicação institucional e cada uma com distinta configuração. Por
exemplo, a Agência Brasil credito como a fonte de informação mais importante do
Brasil — uma agência de notícias que ao mesmo tempo presta serviços ao
governo”, salienta Pimenta.
Pimenta conclui o debate com
a priorização da defesa da democracia e da verdade. “Você não precisa ser do
governo para defender a democracia e certos valores, que passam até pela
Constituição. No caso da EBC, a empresa pública não é governamental, não foi
constituída para defender o governo, mas para levar informação legítima à
população”.
REUNIÃO – Participaram da reunião a presidente da Fenaj, Samira de Castro, o diretor José Carlos Torves, o secretário Moacy Neves, e o secretário de Mobilização, Rafael Mesquita.
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