No despacho de abertura do
inquérito, a PF diz que irá "apurar todas as circunstâncias que envolveram
a prática do crime" previamente identificado, além de outros que
"porventura forem constatados no curso da investigação".
Pelas redes sociais, o
ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino afirmou que o
inquérito amplia a colaboração federal com as investigações sobre a organização
criminosa envolvida nos assassinatos e que há um esforço máximo para ajudar nos
esclarecimentos.
A fim de ampliar a
colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que
perpetrou os homicídios de MARIELLE e ANDERSON, determinei a instauração de
Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer
tais crimes.
Em sua posse como ministro,
Dino afirmou que era "questão de honra" desvendar o crime.
Eu digo à ministra Anielle e
a sua mãe que vou empreender todos os esforços cabíveis. E a Polícia Federal
assim atuará para que esse crime seja desvendado: quem matou Marielle e quem
mandou matar Marielle
A investigação é conduzida
pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em maio de 2020, o Superior Tribunal
de Justiça rejeitou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR)
de federalização da investigação, que tentava deslocar o caso para a
competência da PF. Com isso, a investigação foi mantida no âmbito estadual.
A abertura do inquérito pela
PF não significa a federalização do caso. Em entrevista ao GLOBO, a ministra da
Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora, afirmou que precisa
entender em que termos a federalização ocorreria.
Eu era contra federalizar
naquele momento, com aquele governo, com aquelas pessoas que estavam aqui, mas
eu não decido sozinha. Tem o comitê, tem a Mônica, tem a família. A gente nunca
teve acesso aos autos, por exemplo. Hoje, se me perguntarem se sou a favor de
federalizar, se for para ficar no troca-troca do Rio, vou falar que sim. Mas
não opino sozinha, afirmou.
Anielle também disse ter
medo que o caso não seja solucionado. Na esfera estadual, a condução da
investigação foi marcada por troca-troca de delegados encarregados e dos
promotores.
O caso da Mari, para além de
quase meia década sem respostas, tem uma situação muito grave, que são as
tantas trocas de quem está à frente do caso. Essas diversas trocas mexem muito
com a gente. Mexem de uma maneira que a gente pensa: ninguém quer ou está muito
difícil e não querem resolver. Ou ainda: realmente é um caso que tem alguma
coisa que a gente nunca vai saber, afirmou Anielle ao GLOBO, completando: Com
certeza (tenho medo da não solução). Tenho esse medo desde o dia
Apenas duas pessoas estão presas pelo envolvimento com o crime: o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como os assassinos de Marielle e Anderson e vão a júri popular. A data ainda não foi marcada. A polícia tenta ainda entender as motivações do crime, localizar a arma e identificar os mandantes.
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