sábado, 18 de fevereiro de 2023

Galo da Madrugada arrasta multidão pelas ruas do Centro do Recife em desfile histórico

                    Após a maior pandemia da história, nada mais emblemático do que o tema destacado pelo Galo da Madrugada em 2023: “Viva a vida, viva o frevo, viva Enéas”, sendo este último o idealizador e um dos fundadores da agremiação criada na década de 1970 para resgatar o carnaval de rua. Em 1978, precisamente, cerca de 80 pessoas saíram no desfile do Galo e ninguém poderia imaginar as proporções que a festa tomaria. Este ano, o público estimado foi de mais de 2 milhões de pessoas.

Neste sábado de Zé Pereira (18), depois de dois anos sem sair às ruas, o Galo da Madrugada recebeu os foliões saudosos com um café da manhã, com direito a bolos, queijos, salgados, sucos. A festa começou às 7h e muita gente marcou presença. Após este momento, o maior bloco carnavalesco do planeta, reconhecido no Guinness Book, soltou o hino preso no papo: “voltei, Recife”, com a certeza de que o desfile já entrou para a história.

O 44º desfile também fez uma homenagem ao saudoso artista plástico Ary Nóbrega e ao cantor Claudionor Germano. Para o atual presidente e também fundador do bloco, Rômulo Meneses, a essência do Galo é o contato com os foliões, através do desfile de fantasias, de alegorias, dos trios e dos artistas. 

Os tradicionais carros alegóricos abriram o desfile, assinados pelos artistas plásticos Sandro Nóbrega – filho de Ary Nóbrega, falecido em abril de 2020 – e Acácio Damasceno. As alegorias fizeram referência ao tema e aos homenageados do bloco. 

O primeiro carro foi o abre-alas, com o tradicional Galo, com cerca de quatro metros de altura, todo retocado, com muito brilho e colorido. Essa carruagem deu boas-vindas aos foliões. No carro abre-alas, figurantes representando os passistas de frevo e também os quatro elementos da vida, que são a água, o ar, o fogo e a terra. Nele, também estiveram o rei e a rainha do Carnaval 2023 do Recife, Mayara Araújo e Bhrunno Henrique. Os figurinos dos carros alegóricos são assinados pelos carnavalescos Francisco Câmara e Anderson Gomes.

Antes da passagem do segundo carro alegórico, o trio elétrico comandado pelo Quinteto Violado entrou na passarela cantando "Voltei, Recife".

O carro dos clarins chamou a atenção ao passar pelo corredor do frevo, com uma homenagem a seu Enéas, criador e um dos fundadores do Galo. Ele nasceu no dia 02 de dezembro de 1921, no Pátio do Terço – casa de número 34 -, bairro de São José, centro do Recife. Naquela época, o Pátio do Terço era considerado um dos principais polos de animação do Carnaval recifense.

Para manter a tradição, todos os trios foram comandados por artistas locais e consagrados da música pernambucana, como Almir Rouche, André Rio, Marrom Brasileiro, Gustavo Travassos, Quinteto Violado, Gerlane Lops, Bia Villa-Chan, Geraldinho Lins, Nena Queiroga, entre outros. Contudo, na intenção de manter o intercâmbio cultural, haverá artistas convidados de outras partes do Brasil, como a paraibana Juliette, além de Gaby Amarantos, Fafá de Belém, Pabllo Vittar, Maria Gadú e Luiza Possi, entre outros. 

O trio comandado pelo Quinteto Violado estreou o desfile do Galo da Madrugada, partindo do Forte das Cinco Pontas, com direção à Rua do Sol, contando com seis carros alegóricos e 30 trios elétricos. São 6,5 km de percurso e quase 10 horas ininterruptas de música ao vivo. Foto: Rafael Vieira/DP Foto

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