No encontro, foi formada uma
comissão com representações do governo municipal e dos indígenas para atuar no
processo de estadualização da educação escolar indígena, amparada na
Constituição Brasileira e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Na oportunidade, a prefeita
Rorró Maniçoba já a anunciou a boa nova. “Dia histórico para Floresta. Em
encontro técnico realizado decidimos atender a reivindicação do povo Pipipã, da
Aldeia Riacho dos Mandantes, e a comunidade passará a contar com educação
escolar indígena desenhada com currículo e projeto político pedagógico próprio
da etnia”, afirmou em suas redes sociais.
Os povos Pipipã constituem
uma das etnias historicamente habitantes da Serra Negra, vizinhos dos Kambiwá,
que também tem a Serra Negra como território tradicional e sagrado. O
território Pipipã está situado no município de Floresta, Pernambuco, e em 2005
tiveram início os estudos para identificação e demarcação da Terra Indígena
Pipipã. No entanto, até hoje a luta pelo território ainda é prioridade, como
explica o cacique Valdemir Pipipã.
O cacique conta que
atualmente a população aldeada do povo Pipipã está em torno de mil indígenas,
segundo dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI).
Desde o século XVIII há registros do povo Pipipã na região Moxotó.
Para o povo Pipipã a Serra
Negra é um lugar de destaque na cosmologia do povo e é constituída a partir de
vários espaços sagrados, entre eles: o Pau Oco da Serra, o Pau Ferro Grande, o
Pé de Coité, a Pedra da Espia, o Pau d’Alho, a Mata do Ventador. Por ser este
bem simbólico e material a Serra Negra é referência da territorialidade do povo
Pipipã.
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