terça-feira, 1 de novembro de 2022

Vigília pedindo intervenção quer bloquear QG do Exército

                      Inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, apoiadores do presidente se reuniram em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), nesta terça-feira (1º). Com barracas, alimentos e vestidos de verde e amarelo, os manifestantes acamparam e anunciaram uma vigília no local. Eles se preparam para um ato marcado para às 09h desta quarta-feira (2), Dia de Finados.

Os bolsonaristas não reconhecem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (30/10) e pedem que seja aplicado o artigo 142 da Constituição Federal, que não autoriza intervenção militar, embora seja nisso que os eleitores de Bolsonaro acreditam.

O grupo diz estar preparado para ficar no local “até que as Forças Armadas façam uma intervenção federal”. Militares do Exército protegem as dependências do QG a fim de evitar qualquer tentativa de invasão.

“Não estamos aqui pelo Bolsonaro. Estamos pelo Brasil”, disse uma das manifestantes, que votou no Bolsonaro.

O pronunciamento de Bolsonaro inflamou o público. “Não vamos aceitar o PT governando o país de novo”, disse outro manifestante, de Roraima. “Vamos resistir e persistir aqui”. Próximo das 18h, uma bandeira do Brasil foi erguida aos gritos de: “A nossa bandeira jamais será vermelha”. Eles também cantaram e fizeram orações, informa Saulo Araújo, do Metrópoles.

Um grupo de 24 subprocuradores-gerais da República cobrou de Augusto Aras uma atuação “urgente e firme” contra as manifestações golpistas após a derrota de Jair Bolsonaro. Em alusão aos bloqueios de rodovias pelo Brasil, os membros do MPF afirmam que “esse estado de coisas inconstitucional não pode ter como resposta o silêncio e a inação de agentes públicos”.

Por sua vez, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) recebeu de distribuidoras de combustíveis a informação de que os estoques em São Paulo estão baixos e que, se a interdição das rodovias continuar, poderá comprometer a circulação amanhã.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai realizar nesta quarta-feira uma reunião com ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O foco da conversa é o tumulto que Bolsonaro pode causar no processo de transição para o governo Lula. Na pauta estão o fortalecimento das instituições, da democracia e do estado de direito. 

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