Amoêdo já vinha batendo de
frente com o partido desde que anunciou apoio a Lula no segundo turno das
eleições deste ano. Ele foi duramente atacado pela direção do NOVO e por alguns
filiados, que chegaram a flertar com um processo de expulsão de João.
A pá de cal veio esta
semana, com a protocolação, na última quinta-feira (24), do pedido de abertura
de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI), contra o Superior Tribunal
Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O projeto foi encabeçado pelo
deputado federal de extrema-direita, Marcel van Hattem (NOVO-RS).
O requerimento, denominado
de “CPI do Abuso de Autoridade”, conta com a assinatura de 185 deputados
federais. Entre os motivos da ação, o parlamentar cita a defesa “do Estado de
Direito, da correta aplicação da lei e das liberdades”.
Ao informar a sua saída do
partido, Amoêdo destaca que o NOVO, fundado por ele em 2010, não existe mais.
“Ao longo dos últimos 33
meses, sob a atual gestão, o NOVO foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção
original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem
culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na
política”, destaca João.
“O NOVO atual descumpre o
próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz
coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não
reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações
contra a democracia”, afirma Amoêdo em outra parte do texto. Leia abaixo a
íntegra da sequência de tuíte de João Amoêdo:
Hoje, com muito pesar, me
desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde
2010.
Deixo um agradecimento
especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação
transformaram em realidade o que parecia ser impossível.
Infelizmente, o NOVO,
fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais.
Ao longo dos últimos 33
meses, sob a atual gestão, o NOVO foi sendo desfigurado e se distanciou da sua
concepção original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo
prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo
diferente na política.
O NOVO atual descumpre o
próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz
coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não
reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações
contra a democracia.
O partido, mesmo com o
péssimo desempenho eleitoral, com a perda de milhares de filiados, a saída de
inúmeros dirigentes, não esboça qualquer sinal de retomar o caminho original.
Ao contrário, a direção da
instituição prefere ignorar as evidências, busca silenciar as vozes
divergentes, transfere responsabilidades e segue prometendo que “agora será
diferente”.
Esse NOVO, definitivamente,
não me representa.
Neste cenário, seria
incoerente permanecer em um partido com o qual tenho diferenças de visão, de
propósito e de conduta.
A minha saída do NOVO em
nada muda a vontade de ajudar o Brasil.
Espero levar os aprendizados
desse projeto e, junto com aqueles que conheci e que compartilham dos mesmos
valores, trabalhar pelo que sempre foi meu objetivo: contribuir para melhorar a
vida dos brasileiros.
João Amoêdo está certo. O
Partido que fundou não existe mais. Agora é controlado por extremistas de
direita que se apoiam no golpismo de Bolsonaro e do PL. Rezam pela mesma
cartilha. Preferem mergulhar o Brasil num loop infinito de ódio e rancor
alimentado pelo antipetismo, do que trabalhar pela pacificação e
desenvolvimento do país.
O NOVO já está velho. E como diz aquele meu amigo: o NOVO é um bolsonarismo de gravata borboleta.
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