Em Caruaru, no Agreste
de Pernambuco, a investigação começou em outubro de 2021. Um inquérito policial
foi instaurado para apurar que um clube de tiro e uma loja de armas
pertencentes ao mesmo grupo estariam ministrando cursos, prestando serviços de
conserto, manutenção e customização de armas de fogo realizados por pessoas sem
licença da Polícia Federal.
Por meio de nota, o Clube de
Tiro do Agreste e o Shop do Atirador informaram que foram alvo da Operação Zona
Cinza, deflagrada pela Polícia Federal e que as medidas cabíveis para os
esclarecimentos dos fatos já estão sendo tomadas. Eles enfatizaram que toda a
tramitação dos procedimentos realizados pelo CTA sempre se deu dentro dos ditames
legais e que a documentação necessária para a comprovação disto já está sendo
apresentada para as autoridades competentes, para que tudo seja devidamente
esclarecido e solucionado.
Segundo a Polícia Federal, o
grupo também estaria produzindo documentos ideologicamente falsos em nome de
armeiros legalmente credenciados, mas que não mantinham vínculo com essas
pessoas jurídicas.
A operação é feita a pedido
da Justiça de Caruaru, em Pernambuco, após representação da Polícia Federal e
Ministério Público Federal. Ao longo da investigação, a polícia identificou a
articulação do grupo como uma organização criminosa dedicada à produção de
documentos falsos para "viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao
comércio, quanto ao porte ilegal de armas de fogo".
Os criminosos usavam pessoas
jurídicas para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos, e difundir o
material pela internet. Também eram feitas publicidades ilegais para a venda,
estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de
crimes. Na ação, a Justiça ainda determinou o bloqueio de 14 páginas, entre
perfis e canais de disseminação do conteúdo ilegal.
Os investigados podem
responder pelos crimes de pertencimento a organização criminosa, falsidade ideológica,
uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma
de fogo, dentre outros crimes. As penas somadas podem chegar a 30 anos de
prisão e multa.
Com a operação, a polícia tenta identificar outros envolvidos e confirmar o modus operandi do grupo investigado sobre a execução de fraudes contra os sistemas dos órgãos públicos de fiscalização e controle.
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