“Os elementos (de controle
desse risco) que se tinham no Congresso ficaram tremendamente fragilizados com
os resultados da eleição de 2 de outubro. Este quadro então me deixa muito
preocupado com relação à democracia. Temos visto vários exemplos internacionais
onde a democracia é erodida por dentro. Eu acho que um segundo mandato (de
Bolsonaro) é perigoso”, disse Leal.
Engajado na pauta da
sustentabilidade, Leal criticou o atual governo, que anda em contramão às
questões relacionadas o meio ambiente.
"Eu acho que tem uma
oportunidade fantástica para o Brasil, mas o País deixou de ser protagonista
nos acordos climáticos para se tornar um pária (na questão ambiental). Isso
pode nos tirar do bonde da história. Temos uma oportunidade única porque temos
o melhor e mais importante capital natural do planeta. Podemos ser uma potência
econômica, ambiental e agrária. Mas nós estamos em uma política totalmente
contrária, de dilapidação do capital natural, uma apropriação por poucos que
não gera prosperidade: garimpo, grilagem e desmatamento. É uma apropriação por
poucos que gera pobreza e miséria para muitos", pontuou.
Ele continuou, falando sobre
o desmatamento da Amazônia e o crime organizado que atua na área, que, para
Guilherme, piorou nos últimos anos.
"Na questão ambiental,
(o governo) foi na contramão. Por mais que o negacionismo imperasse, os
satélites mostram como disparou o desmatamento. E o desmanche institucional do
Ibama e de todos esses organismos que deveriam zelar pela preservação e pela
aplicação das leis. Noventa por cento do desmatamento que nós temos (no Brasil)
é ilegal, isso está provado. A verdade é que esse governo desmanchou a
estrutura que poderia fazer com que a lei fosse cumprida. A criminalidade hoje
é um problema seríssimo na Amazônia. As condições de segurança, todos os
estudos mostram que crime organizado chegou lá, o garimpo ilegal e tantas
outras coisas. Hoje realmente a situação está bem pior do que era cinco ou seis
anos atrás", apontou.
O empresário destacou também
o papel de Lula em questões ambientais e acredita que a volta do ex-presidente
ao governo é uma oportunidade. “Lula tem chance de ser um líder mundial
na questão ambiental", afirmou.
Guilherme também comemora a
aproximação do petista com a ex-senadora e deputada federal eleita Marina Silva
(Rede).
“Marina é uma pessoa muito
íntegra, que não discute posições e cargos por apoio. Ela dá apoio pelas ideias
que defende. Pelo relato que se tem, ela colocou a visão dela para o Lula”,
explicou.
“Lógico que ela não vai fazer um programa de governo em troca de apoio, mas ela colocou elementos fundamentais de compromissos com essa agenda. Nesse aspecto, (me animo com) essa reaproximação de Marina com o Lula, em prol de uma agenda moderna, que inclui a questão ambiental e a questão educacional, que era a nossa agenda lá de 2010”, ressaltou.
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