Os partidos pediram, ainda,
a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático de aliados de Bolsonaro
que participaram da organização das manifestações do 7 de Setembro. A ação da
coligação, que tem como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na
cabeça da chapa, traz uma série de elementos para demonstrar as irregularidades
praticadas no ato, "transformado pelos investigados em pretexto para a
promoção abusiva e ilícita da candidatura de Jair Messias Bolsonaro à
reeleição". O documento aponta, de forma detalhada, as condutas praticadas
por cada um dos 18 participantes e financiadores.
De acordo com a nota do PT,
entre as irregularidades apontadas estão: iniciativas de convocação da
população brasileira para o 7 de Setembro, inclusive por meio de propaganda
eleitoral gratuita na televisão e pela intimação de servidores públicos; o uso
de imagens coletadas no evento para municiar propaganda na TV; os altos valores
gastos com o desfile; financiamento e instalação de outdoors (meio vedado de
propaganda eleitoral) por pessoas jurídicas para convocação aos eventos; e a
presença de apoiadores políticos sem cargos institucionais no palco — o que
evidencia o intuito eleitoral/partidário.
Nos bastidores, há
informações sobre a possibilidade de uma nova ação por parte do PT, para que o
PL assuma os custos dos gastos públicos do evento, uma vez que a coligação
acusa o presidente de se apropriar dos atos do Bicentenário da Independência
para fazer campanha eleitoral. "Ao contrário da postura de chefe do Estado
brasileiro que lhe caberia, Jair Bolsonaro, com o apoio dos demais
investigados, valeu-se do momento como palco de comício eleitoral em benefício
de sua candidatura — inclusive, deve-se dizer, custeado por verbas do estado
destinadas ao ato, cuja finalidade foi deturpada pelos investigados",
afirma o documento protocolado junto a TSE.
Ontem, ao cumprir agenda
política em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, Lula destacou
que "ninguém quer saber" se Bolsonaro "é brocha ou não",
referindo-se às piadas feitas pelo próprio presidente durante o 7 de Setembro.
"Imbrochável, imbrochável, imbrochável", entoou Bolsonaro a milhares
de apoiadores na Esplanada dos Ministérios.
"O Brasil não pode aceitar um presidente que vai no 7 de Setembro dizer: 'Eu sou imbrochável'. Ora, ele estava falando para quem? Para a mulher dele? Porque ninguém quer saber o que que ele é. Ninguém também quer saber se ele é brocha ou não."
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