O
pedido de investigação havia sido feito no dia 23 de dezembro do ano passado,
em conjunto, pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP), pelo senador Alessandro
Vieira (Cidadania -SE) e pelo secretário de Educação da cidade do Rio de
Janeiro, Renan Ferreirinhas. A solicitação elaborada pelos parlamentares
destacou que, embora os riscos para as crianças sejam menores, 2,5 brasileiros
até os 17 anos morreram em decorrência do novo coronavírus. Agora, Weber
decidiu que o caso fosse analisado pelo procurador-geral da República, Augusto
Aras.
A
vacinação infantil foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) no dia 16 de dezembro, e a aplicação das doses foi iniciada no dia 5
de janeiro.
Para
os políticos envolvidos no pedido de abertura de investigação, as posturas
adotadas tanto pelo chefe do Executivo quanto pelo ministro da Saúde podem
categorizar ações “deliberadas e coordenadas para retardar a inclusão da vacina
contra Covid-19 para crianças de cinco a 11 anos no Plano Nacional de
Imunização (PNI), impondo obstáculos que geram o atraso na definição da
estratégia de campanha de vacinação, logística, aquisição, distribuição e
monitoramento do processo como um todo”.
Desde o aval da Anvisa para a imunização de crianças, Bolsonaro tem criticado publicamente a ação e tentado descredibilizar o órgão regulador — em especial em suas tradicionais lives nas redes sociais. O presidente chegou a afirmar, no fim do ano passado, que gostaria de divulgar os nomes dos agentes que aprovaram a utilização da vacina nos menores.
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