A
informação foi enviada ao STF com a conclusão do inquérito da PF. A corporação
indiciou Bezerra Coelho e seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho
(DEM-PE) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade
ideológica e falsidade ideológica eleitoral.
A
PF pediu que seja decretado o bloqueio de R$ 20 milhões dos dois. Em nota,
a defesa do senador Fernando Bezerra Coelho diz que a investigação nasceu da
"palavra falsa de um criminoso confesso" e é uma "tentativa de
criminalização da política".
"A
defesa do senador Fernando Bezerra Coelho esclarece que o relatório final do
inquérito 4513 não passa de opinião isolada do seu subscritor, que, inclusive,
se arvora em atribuições que sequer lhe pertencem, sem qualquer força jurídica
vinculante. Essa investigação, nascida da palavra falsa de um criminoso
confesso, é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas
outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas", diz a nota, assinada
pelos advogados André Callegari e Ariel Weber.
O
relatório da PF foi encaminhado pelo STF para a Procuradoria-Geral da
República, que vai decidir se há elementos para denunciar os parlamentares. Em
2019, a Polícia Federal fez buscas nos gabinetes dos dois políticos no
Congresso Nacional.
No
relatório final do inquérito, a PF diz "haver provas suficientes da
materialidade de diversas práticas criminosas nos eventos investigados neste
inquérito, notadamente com relação à prática dos delitos de corrupção passiva,
corrupção ativa, lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade
ideológica e omissão de prestação de contas".
Segundo
os investigadores, “restou demonstrado que Fernando Bezerra de Souza Coelho e
Fernando Bezerra de Souza Coelho Filho receberam direta e indiretamente R$
10.443.900,00 pagos pelas empreiteiras OAS, Barbosa Mello e Constremac/Mendes
Junior entre os anos de 2012 a 2014".
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