É
o que aponta cálculo feito a pedido do jornal Folha de São Paulo pelo
epidemiologista Pedro Hallal, professor da UFPel (Universidade Federal de
Pelotas) e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre
coronavírus no Brasil.
Ele tomou como base as informações prestadas pelo gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, à CPI da Covid nesta quinta-feira (13).
Segundo o representante do laboratório, a Pfizer fez oferta ao Brasil no meio do
ano passado que previa o envio de 70 milhões de doses, das quais 4,5 milhões
seriam entregues ao país de dezembro a março — 1,5 milhão em 2020 e 3 milhões
no primeiro trimestre de 2021.
O
cálculo estima que 14 mil óbitos poderiam ter deixado de ocorrer considerando
uma margem de erro que varia de 5.000 a 25 mil óbitos, chamado intervalo de
confiança, caso essas doses tivessem sido adquiridas.
Além disso, 30 mil internações em UTIs (unidades de tratamento intensivo)
poderiam ter deixado de acontecer, com uma margem de erro que varia entre 23
mil e 37 mil hospitalizações.
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