O
edital da Assembleia Legislativa de Pernambuco previa um gasto de até R$
5.825.950,32 com locadoras de carros.
De
acordo com a ONG Cidadão Fiscal, um levantamento feito a partir dos dados do
Portal da Transparência da Alepe, esse valor saiu de R$ 500 mil, em 2012, para
R$ 2,1 milhões, em 2013. No ano seguinte, em 2014, foram R$ 2,7 milhões e, em
2015, R$ 2,9 milhões.
Em
2016, os deputados gastaram R$ 4,2 milhões em aluguel de carros e, em 2017, R$
5,1 milhões. Esse valor diminuiu para R$ 4,6 milhões e, em 2019, voltou a
subir, para R$ 6,1 milhões.
Mesmo
com a pandemia e o trabalho remoto dos deputados e funcionários da Alepe, o
gasto com aluguel de carros, em 2020, foi o maior registrado até então: R$ 6,5
milhões.
Entre
2012 e 2020, a empresa Barreto Santos LTDA venceu as licitações para esse tipo
de serviço. Nesse período, os contratos com a Alepe somaram R$ 35,8 milhões.
O
levantamento aponta, ainda, que os gastos com carros vão além do contrato de
aluguel, já que os deputados também costumam alugar outros carros e pagar com
verba de gabinete. Nesses casos, a empresa utilizada para esse tipo de serviço
também foi a Barreto Santos.
Foram,
nos últimos 10 anos, R$ 4,1 milhões referentes a aluguel de carros para 24
deputados estaduais. Esses serviços são contratados de forma individual, pelo
gabinete. Quando se soma esse valor ao gasto com as licitações, a empresa
recebeu da Alepe R$ 39,9 milhões.
Para Pedro Cunha, membro da ONG Cidadão Fiscal, o alto valor é desnecessário para o desempenho das atividades do Legislativo.
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