
A
população desocupada no Brasil foi estimada em 12,4 milhões de pessoas na
semana entre 21 e 27 de junho, uma taxa de desocupação de 13,1%. O número
equivale a um aumento de 12,3% com relação à semana anterior, quando 11,7
milhões estavam desocupados, e alta de 10,5% com relação a primeira semana de
maio.
Os
dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD
COVID-19) para a semana entre 21 e 27 de junho, divulgada, hoje (17), pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já
a população ocupada do país, a pesquisa estima em 82,5 milhões (48,5%) na
última semana de junho, enquanto na semana anterior era de 84 milhões de
pessoas. Abaixo também na comparação com a semana de 3 a 9 de maio, quando era
de 83,9 milhões de pessoas.
A
pesquisa indicou que do total, 12,4% dos ocupados ou 8,6 milhões, trabalhavam
remotamente. Em relação à semana anterior (8,7 milhões ou 12,5%), ficou
estatisticamente estável, como também, na comparação com a semana de 3 a 9 de
maio. Lá era 8,6 milhões ou 13,4% dos ocupados.
De
acordo com coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, vinha sendo observada
uma queda na população ocupada afastada, mas que começava a retornar ao
trabalho, só que na última semana, junto com a queda da população afastada teve
aumento de desocupação com o aumento da taxa para 13,1%. “Uma parcela daquelas
pessoas que estavam afastadas, agora, começa a ser desligada. As pessoas que
estavam retornando ao trabalho nesta última semana a gente começa a ver desligamento”,
disse em entrevista à Agência Brasil.
“Esta
semana a gente viu uma forte tendência de pessoas que estariam sendo demitidas.
É a primeira vez que a gente vê [na pesquisa] esse aumento da população
desocupada com queda da população ocupada. Antes a população ocupada ficava
estável. Houve variação na população desocupada, mas a população ocupada ficava
estável. Agora, não. A população ocupada cai e a desocupada mostra tendência de
crescimento”, completou.
Para
a coordenadora, os primeiros resultados da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da
Covid-19 nas Empresas, divulgados ontem pelo IBGE podem explicar este movimento
no mercado de trabalho. Aquele levantamento indicou que a pandemia do novo
coronavírus (SARS CoV-2) provocou o fechamento de 522,7 mil empresas na
primeira quinzena de junho.“Nessas empresas que tiveram desligamento as pessoas
foram mandadas embora. Depois de um tempo sem perspectivas de retorno e
melhoras, e dois meses sem receita, a forma de cortar custos das empresas é
mandar embora”, comentou.
A
proximidade da taxa de informalidade atingiu 34,5%, o que representa
estabilidade em relação à semana anterior (33,9%), mas também é um recuo se
comparada ao período de 3 a 9 de maio, quando alcançou 35,7%.
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