
O
presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (20) a saída da
atriz Regina Duarte do cargo de secretária especial de Cultura. Em
publicação em uma rede social, o presidente afirmou que ela assumirá a
Cinemateca em São Paulo.
"Regina
Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar
contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a
Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o
trabalho já realizado nos últimos 60 dias", afirmou Bolsonaro.
Regina
Duarte assumiu a pasta em 4 de março, com a missão de
"pacificar" o embate entre a classe artística e a indústria da
cultura com o governo federal.
Desde
o início do mandato de Bolsonaro, a secretaria teve alta rotatividade em razão
de polêmicas na pasta e em órgãos vinculados a ela.
No
dia 5 maio, por exemplo, o governo renomeou maestro Dante Mantovani
como presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que tinha sido
exonerado por Regina no primeiro dia da atriz à frente da secretaria.
Segundo
o blog da comentarista do G1 e da TV Globo Andréia Sadi, Regina
não foi informada e "não entendeu" a nomeação. Mantovani foi exonerado
no mesmo dia e o ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio, justificou
as mudanças por "questões internas".
A
saída de Regina Duarte do governo já era um desejo da ala ideológica próxima
ao presidente, conforme informou a colunista Andréia Sadi nesta terça.
Questionado
sobre a permanência de Regina no governo, Jair Bolsonaro disse que só
presidente e vice não podem ser trocados.
A
ala política do Planalto tentava afastar as especulações sobre a possibilidade
de saída de Regina, mas já havia se frustrado com a fala do presidente sobre a
secretária na semana passada.
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