
Por
Pedro Melchior
O
Ministro Luís Roberto Barroso asseverou que autoridades devem atuar com base em
critérios científicos atestados por associações competentes, sejam nacionais,
sejam internacionais. Na quarta-feira, 20/05/20, o plenário do STF deu início
ao julgamento de sete ações contra a Medida Provisoria 966/20, que restringe a
possibilidade de responsabilização dos agentes públicos durante a pandemia da
covid-19.
O
ministro Luís Roberto Barroso, fixou critérios para a responsabilização dos
agentes públicos por condutas praticadas na pandemia e votou no sentido de dar
interpretação conforme à Constituição para estabelecer que: 1. Configura erro
grosseiro o ato administrativo que ensejar violação ao direito à vida, à saúde
ou ao meio ambiente equilibrado por inobservância:
(i)
de normas e critérios científicos e técnicos;
(ii)
dos princípios constitucionais da precaução e da prevenção.
2.
A autoridade a quem compete decidir deve exigir que as opiniões técnicas em que
baseará sua decisão tratem expressamente: (i) das normas e critérios
científicos e técnicos aplicáveis à matéria, tal como estabelecidos por
organizações e entidades médicas e sanitárias, internacional e nacionalmente
reconhecidas; e
(ii)
da observância dos princípios constitucionais da precaução e da prevenção, sob
pena de se tornarem corresponsáveis por eventuais violações a direitos. O
julgamento prossegue a partir das 14h de hoje, com a coleta dos votos dos
demais Ministros.
Dr. Pedro Melchior, Advogado especialista em direito público - administrativo, eleitoral e tributário. Fundador da banca Barros Advogados Associados. Consultor jurídico de diversos municípios pernambucanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário