Por
Andréia Sadi (G1)
O
presidente Jair Bolsonaro disse a ministros, durante reunião ministerial nesta
terça-feira (14), que ele é o Presidente da República e, portanto, está no
comando de medidas e soluções para o combate ao coronavírus.
A
fala foi interpretada como um recado ao ministro da Saúde, Henrique
Mandetta. Presente, segundo relatos, Mandetta não respondeu.
Bolsonaro
voltou a demonstrar preocupação com a economia durante a crise do
coronavírus e elogiou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que estava
presente, pela operação para ajudar os informais durante a crise.
Na
reunião, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, assustou
colegas ouvidos pelo blog, ao repetir a tese de que haveria uma
manipulação da China para ter vantagens econômicas durante a crise do
coronavírus.
Araujo,
que comanda o Itamaraty, repete a linha do ministro da Educação, Abraham
Weintraub, e do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Nas
palavras de um ministro, “Ernesto consegue chocar”.
Auxiliares
do presidente admitiram ao blog nesta quarta-feira (15) que o
presidente busca um nome para a vaga de Mandetta. E que o ministro só será
trocado quando o presidente achar um substituto.
Por
ora, Osmar Terra — que pleiteia o cargo — está descartado. A ala militar do
Planalto argumenta junto ao presidente que é preciso buscar um nome que tenha
respaldo técnico entre médicos.
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