
O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta
terça-feira (24) que partidos articulam a elaboração de uma proposta prevendo a
redução dos salários de servidores públicos e parlamentares durante o período
da crise do coronavírus no país.
Em
entrevista à GloboNews, Rodrigo Maia defendeu que os três
poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, devem dar uma "contribuição"
neste momento.
“Os
partidos estão tratando disso e, certamente, eles vão apresentar uma proposta
coletiva, de todos, que acho que represente a posição pelo menos de parte dos
partidos políticos”, afirmou.
O
objetivo é que a economia para os cofres públicos ajude a mitigar os efeitos da
queda de receita do governo federal nos próximos meses.
“Todos
sabem que haverá empobrecimento da população e todos sabem que a renda do
brasileiro vai ser menor. Então, todos os poderes precisam contribuir, inclusive
os deputados, os juízes, os fiscais de renda, todos os servidores”, disse.
Após
a entrevista de Maia, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos articuladores
da proposta, afirmou que o objetivo é propor uma redução escalonada de salários
Após
a entrevista de Maia, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor da proposta,
afirmou que o objetivo é propor uma redução escalonada de salários:
zero
para quem ganha até R$ 5 mil;
10%
para quem ganha até R$ 10 mil;
20%
a 50% para salários superiores a R$ 10 mil.
De
acordo com o deputado, a intenção é fazer a proposta tramitar junto com a que o
governo enviará em relação aos trabalhadores privados.
Segundo
o texto, a redução terá duração excepcional, enquanto permanecer o estado de
calamidade pública aprovado pelo Congresso na última semana, isto é, até 31 de
dezembro deste ano.
Além
disso, pela proposta, a redução nos salários teria validade inicial de três
meses, podendo ser prorrogada por igual período.
Servidores
das áreas de saúde e de segurança pública que estejam trabalhando durante o
estado de calamidade pública não poderão sofrer cortes em seus salários. A
economia com a redução salarial seria integralmente repassada ao Ministério da
Saúde para a utilização em ações de combate à pandemia do novo coronavírus.
Rodrigo
Maia ressalvou que a medida não atingiria os servidores da "linha de
frente" do combate ao coronavírus, como “os médicos, os policiais que
estão na rua, todos aqueles que estão cuidando de forma mais presente da vida
dos brasileiros”.
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