
A
indústria da transformação, setor que tradicionalmente emprega mais mão de obra
formal e com salários acima da média do mercado começou a reagir no segundo
semestre do ano passado e somou um total de 10,7 milhões de empregados, o
melhor resultado desde 2015 - quando havia 11,5 milhões. Os segmentos que mais
contribuíram com a alta de 1,3% em relação aos números de 2018 foram os de
alimentos, têxteis e manutenção, reparação e instalação de máquinas e
equipamentos. Juntos, abriram 189 mil vagas com carteira assinada até o
terceiro trimestre.
Em
razão de cortes ocorridos em outros segmentos, como o de produção de coque,
derivados de petróleo e de biocombustíveis e de produtos de minerais não
metálicos, o saldo do período foi de 136,5 mil postos a mais. "Para um
setor que sofreu tanto na crise, o crescimento de 1,3% no número de vagas é
positivo", afirma Bruno Ottoni, pesquisador da consultoria IDados, que fez
o cruzamento do saldo de empregos do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) no terceiro trimestre de 2019 com o de igual período do
ano anterior.
Parte
da melhora do emprego na indústria está relacionada ao retorno, ainda lento,
dos investimentos, afirma Daniel Duque, pesquisador da área de Economia
Aplicada da FGV/Ibre. Ele também ressalta a nova modalidade de contratação estabelecida
na reforma trabalhista, a de trabalhadores intermitentes (prestação não
contínua de serviços). "É uma contratação mais barata e mais
flexível", avalia.
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