
O
governo avalia corrigir ainda este ano a defasagem que fez com que o salário
mínimo fosse reajustado abaixo da inflação. O piso para este ano foi fixado em
R$ 1.039, alta de 4,1% em relação ao do ano passado. O cálculo foi feito com
base na projeção para o INPC, mas o indicador acabou fechando o ano em 4,48%.
Da
forma como está, o reajuste do piso ficaria abaixo do concedido para os
beneficiários do INSS que recebem mais que um salário mínimo. Essa ideia
incomodou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que se preocupou com uma
distorção em que os mais pobres receberiam um aumento menor do que os mais
ricos.
A
forma como a defasagem será corrigida ainda não está decidida. Como o mínimo
foi fixado por medida provisória, que ainda precisa ser transformada em lei
pelo Congresso, uma possibilidade é deixar que o Legislativo faça o ajuste.
Com
a decisão de Guedes, perdeu força uma ideia que chegou a ser discutida por
técnicos de corrigir a defasagem somente em 2021. Esse mecanismo já foi usado
em anos anteriores e era considerado o ideal do ponto de vista fiscal e de
segurança jurídica para os agentes econômicos.
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