
Para
abrigar a atriz Regina Duarte no governo federal, o presidente Jair Bolsonaro
avalia recriar o Ministério da Cultura segundo interlocutores do Planalto. A
leitura do governo é que o nome da atriz é muito reconhecido para um status de
secretaria que era comandada até anteontem pelo dramaturgo Roberto Alvim. Ele
foi demitido do cargo após protagonizar um vídeo com referências ao nazismo.
Bolsonaro
e Regina Duarte devem se encontrar nesta segunda-feira (20), no Rio de Janeiro.
O presidente já tinha agendas marcadas na capital fluminense - às 10h, ele se
encontra com o prefeito Marcelo Crivella. Segundo uma fonte que acompanha as
discussões para sucessão no comando da Cultura, Bolsonaro e a atriz combinaram
um encontro pois querem uma "conversa olho no olho". A
interlocutores, o presidente disse que a atriz pretende entender o que
Bolsonaro espera dela, caso aceite o cargo.
Bolsonaro
considera que Regina foi "humilde" ao afirmar que não está preparada
para comandar a cultura no governo federal. Ele comparou a frase da atriz com
as próprias falas, pois já disse não ser o melhor nome a presidente, segundo a
mesma fonte. Para Bolsonaro, não é um problema que Regina já tenha feito
críticas ao governo, uma vez que todos teriam o direito a divergir.
A
recriação do Ministério da Cultura pode ser feita por meio de Medida Provisória
(MP), que passa a valer quando é publicada no Diário Oficial, mas precisa de
aval do Congresso Nacional para seguir em vigor. Em 2019, os deputados
rejeitaram uma emenda para recriar este ministério, apresentada sobre a MP que
estruturou a administração do governo Bolsonaro, rebaixando o status da pasta
de Cultura.
O
Estado apurou que ainda está indefinido se apadrinhados de Alvim serão
mantidos. Sérgio Camargo, que disse existir um "racismo nutella" no
Brasil e teve nomeação à Fundação Palmares suspensa pela Justiça, é um destes
nomes trazidos pelo dramaturgo a Brasília.
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