
A
Justiça absolveu sumariamente os ex-presidentes Lula e Dilma, além dos
ex-ministros Antonio Palocci Filho e Guido Mantega, e João Vaccari Neto, em
ação referente ao chamado "quadrilhão do PT". A decisão foi assinada
pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara do Distrito Federal. Segundo
Bastos, a "denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de
criminalizar a atividade política".
"A
inicial acusatória alonga-se na descrição de inúmeros ilícitos penais autônomos
sem que revele a existência de estrutura ordenada estável e atuação coordenada
dos Denunciados, traços característicos de uma organização criminosa. Numa só
palavra, não evidencia a subsistência do vínculo associativo imprescindível à
constituição do crime", segue o juiz na decisão.
A
denúncia foi apresentada em setembro de 2017 pelo então procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo ela, os
dois ex-mandatários tiveram participação num esquema montado para coletar
propinas de R$ 1,48 bilhão entre 2002 e 2016.
As
vantagens ilícitas teriam sido pagas em contratos da Petrobras, do BNDES (Banco
Nacional do Desenvolvimento) e do Ministério do Planejamento.
Na
ocasião, a Justiça também recebeu as acusações contra os ex-ministros da
Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci Filho, além do ex-tesoureiro do PT João
Vaccari Neto.
Em
outubro deste ano, o Ministério Público Federal pediu a absolvição sumária dos
ex-presidentes e ex-ministros.
O
texto, assinado pela procuradora Marcia Brandão Zollinger, diz que "não há
o pretendido domínio por parte dos denunciados, especialmente os ex-presidentes
da República, a respeito dos atos criminosos, que obviamente merecem apuração e
responsabilização e são objeto de ações penais autônomas, cometidos no interior
das Diretorias da Petrobras e de outras empresas públicas".
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