
Após
embate entre o Congresso e o presidente Jair Bolsonaro, o projeto de Orçamento
de 2020 voltou a prever R$ 2 bilhões para o fundo de financiamento eleitoral do
próximo ano. Líderes
partidários desistiram da articulação para elevar o fundo para R$ 3,8 bilhões.
A diferença -R$ 1,8 bilhão- foi distribuída para ministérios, como Saúde e
Educação, e investimentos.
A
revisão no destino dos recursos públicos foi aprovada nesta terça-feira (17)
pela CMO (comissão mista de Orçamento). O texto, agora, segue para o plenário
do Congresso.
O
relatório final do projeto de Orçamento, apresentado pelo deputado Domingos
Neto (PSD-CE), confirmou a vitória política de Bolsonaro na disputa sobre o
tamanho do fundo.
O
Palácio do Planalto indicava que barraria um fundo irrigado com mais de R$ 2
bilhões, que saem dos cofres públicos. Nas eleições de 2018, foi distribuído R$
1,7 bilhão aos candidatos.
Na
Câmara, havia o receio de que o Senado não apoiasse uma eventual tentativa de
derrubar o veto presidencial. Se mantido, o veto poderia deixar a classe
política sem a verba especial para campanha.
Além
disso, o ato, na avaliação de líderes, tinha potencial de prejudicar a imagem
de parlamentares e partidos.
Congressistas,
porém, articularam uma manobra para deixar carimbada já neste ano a totalidade
da verba pública para a campanha e evitar pendências que provocariam um novo
desgaste político em 2020.
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