
Na
guerra declarada com o governo federal, o governador do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel (PSC), apontou sua artilharia para um novo inimigo: o ministro da
Justiça, Sergio Moro.
Hoje,
depois de anunciar que vai processar o presidente Jair Bolsonaro por tê-lo
acusado de manipular a polícia no caso Marielle, o governador criticou Moro por
pedir abertura de inquérito contra o porteiro do condomínio Vivendas da Barra,
escreve o colunista do UOL Chico Alves. Foi ele que, em depoimento à
polícia, disse que Élcio Queiroz, um dos acusados pela morte de Marielle
Franco, anunciou que ia à casa de “seu Jair”, no dia do assassinato.
“Esse
inquérito instaurado, no meu ponto de vista, é indevido”, atacou Witzel, que é
juiz federal aposentado. “Pegaram uma testemunha para transformar em
investigado por calúnia na Lei de Segurança Nacional, por obstrução de justiça
e organização criminosa, que nem é o caso, porque o que está se investigando
não é organização criminosa. E ainda por cima o crime de falso testemunho, algo
que se apura só no final, quando o juiz dá a sentença e há evidências disso”.
Depois
de listar as barbeiragens no procedimento, apontou o responsável: “É um
inquérito requisitado pelo ministro da Justiça, a meu ver absolutamente
indevido”. O governador disse que Moro faz afirmações “levianas, de que há
indícios de fraudes na condução do processo”, que está em segredo de Justiça.
“Eu não tive acesso, acredito que o ministro da Justiça também não teve acesso.
E se teve acesso, está falando além do que ele deveria falar. É preciso que as
coisas sejam restabelecidas”, reclamou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário