
Cineastas
pernambucanos disseram que estão com dificuldades para fazer produções, porque
houve uma mudança na política de incentivo financeiro da Agência Nacional do
Cinema (Ancine). Para tentar resolver a questão, eles fizeram, nesta
sexta-feira (1º), um apelo ao governo do estado. A notícia foi levada ao G! PE.
O
cinema pernambucano emprega, em média, mil pessoas, de acordo com a Associação
Estadual de Cineastas, e gera três mil empregos indiretos.
A
indústria conta com as leis de incentivo e o financiamento público para
continuar levando a cultura de Pernambuco para o Brasil e para o mundo e
garantindo empregos, apesar da crise econômica.
Os
produtores e cineastas esperavam receber R$ 24 milhões de dinheiro público, em
2019, sendo R$ 15 milhões do governo federal, distribuídos pela Agência
Nacional do Cinema (Ancine), e R$ 9 milhões do governo estadual.
Entretanto,
em 2018, a Ancine mudou as regras de distribuição do dinheiro e, agora, só
repassa os recursos federais depois que os estados liberam a parte deles na
íntegra.
Esse
formato é chamado de integralização e, segundo os produtores, criou um impasse
com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe),
que sempre fez os repasses parcelados.
Por
meio de nota, a Fundarpe informou que a exigência de integralização feita pela
Ancine provocará dificuldades, pois existem outros editais do Funcultura, com
pagamentos feitos em parcelas. Por isso, decidiu que o edital do audiovisual de
2019 só seria publicado quando fosse resolvido o impasse. A nota diz, também,
que os diálogos entre a Ancine e a Fundarpe continuam.
Por
meio de nota, a Ancine informou que a relação com a Fundarpe é de parceria, na
qual a agência complementa, “com investimento do Fundo Setorial do Audiovisual,
recursos que serão aplicados nas categorias do setor audiovisual apoiadas pelo
órgão ou entidade local”.
Pior,
o Pajeú pode também sofrer o impacto desse impasse com um dos mais importantes
festivais do interior, por sua qualidade, afirmação e resistência. A Mostra
Pajeú de Cinema, dirigida por Bruna Tavares e William Tenório, depende dessa
política pública para existir. A Mostra aliás, deveria ter linhas de
financiamento que garantissem sua existência, mas fazer cinema não é fácil. Ano
a não, tem que entrar no Edital para buscar financiamento.
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