
O
líder indígena Paulo Paulino Guajajara foi assassinado na sexta-feira (1º) em
um confronto com madeireiros na Terra Indígena Arariboia, na região de Bom
Jesus das Selvas, no Maranhão. Ele era integrante de um grupo de agentes
florestais indígenas autodenominados "guardiões da floresta".
A
informação foi confirmada pelo governo do Maranhão, por meio da Secretaria de
Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, que deslocou equipes para
apurar o caso e proteger os ameaçados, junto com a Secretaria de Segurança
Pública.
Além
de Paulino, o líder indígena Laércio Souza Silva sofreu ferimentos graves e um
madeireiro está desaparecido.
Durante
a madrugada deste sábado (2), a morte do líder indígena provocou manifestações
de organizações não governamentais como o Greenpeace e de lideranças como Sônia
Guajajara, coordenadora da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil).
As
terras indígenas do Maranhão sofrem invasões de grileiros e madeireiros há
décadas e desde 2012 os chamados "guardiões da floresta" tentam
proteger a região por conta própria, expulsando os invasores. O grupo é formado
por 180 indígenas e realiza ações noturnas contra madeireiros.
De
acordo com o que foi divulgado até agora, o que aconteceu na sexta-feira foi
uma emboscada de madeireiros contra indígenas, provocando um violento
conflito.
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